segunda-feira, 25 de março de 2013

A sombra da ditadura, lá e aqui




O mês de março de 2013 pode ser considerado um mês para se esquecer no que diz respeito a liberdade de expressão e de imprensa. No Reino Unido, os parlamentares decidiram que será criado um órgão fiscalizador para analisar as matérias publicadas na imprensa para ver se "passaram da mão" em algum ponto. O órgão terá poder para, depois de publicada a matéria, pedir direito de resposta ou mesmo um pedido de desculpa por parte do jornal, revista ou site que tiver publicado. Não terá poder de fechar um meio de comunicação, mas poderá aplicar multas de até 1 milhão de libras, ou mais ou menos R$ 3 milhões de reais, para os que infringir as novas regras. Não será formada por políticos, mas por pessoas comuns e sujeitas as ordens da rainha Elizabeth. Pode-se dizer que é o fim de uma democracia consolidada há mais de 300 anos.*

Aqui em Bebedouro, como não poderia ser diferente, aconteceu no mês de março uma ameaça a liberdade de expressão e de imprensa. O prefeito Fernando Galvão, em horário de expediente, convocou uma reunião entre seus assessores, vereadores e a Promotoria, com o propósito de fechar (isso mesmo, fechar), o “O Jornal”. Reclamou que pegamos muito no pé, que inventamos coisas, que tumultuamos seu governo assim, logo no início. Reclamou, reclamou, teve o apoio da maioria dos presentes e seguiu sua ladainha de pesares, por não aguentar uma pressão como essa. Uma minoria assistiu, boquiaberta, a uma afronta declarada a um órgão independente, que apenas relata os fatos e com amplas provas do que divulga. Ao promotor, segundo alguns presentes relataram, só coube informar que o prefeito, como advogado que é, sabe os meios legais de fazer parar a publicação do que ele julgar mentira, e disse que o melhor remédio para as críticas é o trabalho sério, focado em resultados. Se eles, prefeito e vereadores, trabalhassem direitinho, o “O Jornal” e nenhum outro órgão teria o que falar deles a não ser bem.

Não bastasse isso e infeliz por não ter conseguido que a reunião surtisse o efeito esperado, diz a boca pequena, que está chamando um por um dos profissionais da imprensa pedindo ajuda para fechar o “O Jornal”. Em outro momento, chegou a visitar alguns patrocinadores de nosso jornal pedindo que parassem de anunciar conosco. Pensa que, diminuindo nossas receitas, ficaremos impedidos de publicar atos que ele prefere esconder, atitudes erradas que ele toma e, principalmente, nos impediria de contestá-lo. Provavelmente ele ache uma afronta seres tão pequenos e desprezíveis como nós, trabalhadores e pagadores de nossos impostos em dia e pessoas comuns, termos a audácia de contestá-lo. Além disso, enviou novamente à Câmara Municipal um projeto de lei que já foi rejeitado em outra legislatura tentando criar a Imprensa Oficial. Na verdade, é apenas porque o “O Jornal”, através de um Pregão, conseguiu ganhar as publicações oficiais da Prefeitura. Participamos porque temos nossos impostos pagos em dia, diga-se de passagem, e fomos o único jornal de Bebedouro a participar. Agora, descontente porque não dizemos "amém" a tudo o que ele fala e nem aos absurdos que ele cometeu até aqui, que romper o contrato conosco com a desculpa de que a cidade pode economizar com a criação da Imprensa Oficial. Ledo engano, acredite. Os gastos serão ainda maiores.
Enfim, estes dois exemplos da censura são perigosos e devem fazer levantar toda a população. A imprensa foi criada para fiscalizar os poderes e os poderosos, não o contrário. Se não há imprensa séria, comprometida com a verdade, para fiscalizar e mostrar à população os desmandos dos poderosos, como viverá a sociedade? Com vendas nos olhos? Alheia ao que verdadeiramente acontece e apenas tendo acesso ao que os "poderosos" acham que ela deve saber? É este o país e a cidade que queremos? Daqui a pouco será tirado do cidadão até o direito de pensar que as coisas poderiam ser diferentes. Daqui a pouco perderemos até o direito de pensar.

Pense nisso. A liberdade de imprensa tem muito mais a ver com a liberdade de uma nação do que muita gente pensa.

*O caso é uma resposta ao escândalo ocorrido em 2011 com o tabloide News of the Word, do empresário Rupert Murdoch. Na época, a direção do tabloide montou uma inescrupulosa rede escutas telefônicas entre famosos e pessoas comuns e também a corrupção de pessoas com propina visando obter informações privilegiadas. Um crime, sem sombra de dúvidas. Agora cabe a pergunta: e se um grupo de empresários, como observou a revista Veja em sua edição do dia 27 de março, usasse do mesmo expediente para obter informações privilegiadas de seus concorrentes e conseguir vantagem de mercado? Seria preciso a criação de um órgão especial para julgá-los ou determinar sua punição ou a justiça comum, a que rege a todos, serviria? "Ou bastaria usar as leis existentes para processá-los e pôr os culpados na cadeia?", como diz a publicação? Coisas como essa são ameaças a todos os cidadãos, e não apenas aos (bons) profissionais da imprensa. Pensem nisso.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Você é o resultado de suas escolhas




O título deste texto pode parecer piegas, “batido”, manjado, mas é a pura realidade da vida. Se não é a grande verdade da vida, deve pelo menos ocupar a segunda ou terceira posição, pode acreditar.

Isso já era uma constante na minha vida, e confesso que sempre tive medo dessa tal “verdade”, mas dia desses pude ver o quanto isso é verdade. Sem entrar no mérito da questão, vi uma pessoa cumprindo exatamente o papel que sua escolha o cedeu nesse grande teatro da vida, como alguns gostam de chamar a vida que levamos. E o melhor de tudo: a pessoa em questão estava relativamente feliz com o rumo que sua vida tomou, não demonstrou nenhum arrependimento ou sinal de que, talvez, lá atrás, pudesse ter tomado outra decisão que mudasse seu caminho no dia de hoje. Ela estava feliz com sua escolha e com sua condição.

De certa forma, me dá muita paz de espírito saber que, mesmo numa condição em que eu não me sentiria bem, as pessoas se acostumam e se sentem realizadas. Sempre disse às pessoas que me conhecem a fundo (um pequeno grupo, diga-se de passagem), que tenho medo de muitas coisas: cobra e rato em especial, mas do que eu tenho mais medo é da minha consciência. Tenho pavor de um dia ser atormentada por ela e ficar arrastando correntes pelo resto da vida por alguma coisa que eu fiz ou deixei de fazer. 

Na maioria dos casos o meu pavor maior é das coisas que eu possa deixar de fazer, e ainda hoje carrego comigo uma espécie de “culpa” por não ter esgotado todas as possibilidades em um caso especial*. Por isso, ver pessoas em certa posição de “sofrimento escolhido” me assusta um pouco.

No calor da emoção de ver uma situação como essa, meu sentimento primeiro foi de agir para mudar o quadro, mesmo que isso não me atinja diretamente. Porém, pensando melhor e com a boa e velha dose de tempo para colocar as ideias no lugar, pude ver que essa não era uma decisão que eu tinha que tomar, afinal, como eu disse, isso não me afeta diretamente. O que fazer, então?

Nada, definitivamente nada. Nada pode ser feito por outra pessoa quando alguém resolve seguir seu caminho, mesmo que isso demande certo sofrimento a que escolheu essa trilha. O que podemos fazer é torcer, de longe, para que tudo saia conforme o planejado, mas se interferir diretamente na escolha. Afinal, cada um é responsável pela sua, e de cada um será cobrado o desfecho, seja ele qual for. Pense bem antes de “escolher” suas escolhas.  

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Balanço



Posso dizer que 2012 foi um ano especial pra mim. Foi um ano de muitos aprendizados, cheios de novos desafios e repleto de coisas boas.

Tive muitas decepções principalmente com pessoas em quem eu confiava. Das outras pessoas que me decepcionaram nada posso dizer, afinal, nunca esperei muita coisa de algumas pessoas, mas aquelas em quem eu confiei um pedacinho da minha vida, estas sim ficarão marcadas negativamente em meu coração. Mas até disso eu tiro uma boa lição, pois é caindo que se aprende, é vendo acontecer que a gente se permite a dádiva de aprender para que isso não ocorra mais. Saio deste 2012 muito mais fortalecida do que entrei!

Fiz minha primeira cobertura jornalística de uma eleição. Dentro da campanha, pude ver bem de pertinho como realmente as coisas acontecem, os conchavos, os boatos, as paixões à flor da pele, o "sangue no olho" de alguns candidatos e a população à margem desses acontecimentos. Como diretora de O Jornal e autora deste blog, tentei passar as minhas percepções sobre o que eu via. Agradei alguns, desagradei muitos, mas fiz meu papel. Informei acima de tudo. Fui sincera, limpa, assumi uma posição, defendi meus ideais e saí viva! De uma campanha tão suja e violenta como esta foi (até meu carro riscaram e até ameaças sofri), acho que sobrevivi e saí muito mais fortalecida, consciente e cidadã do que entrei.

Em 2012 assumi a direção do O Jornal com a missão de dar continuidade a um projeto que nasceu vitorioso. Tenho por missão também continuar a dar voz e vez a um povo que foi "domesticado" a saber apenas meias-verdades. Para os que ainda torcem o nariz para nós, só tenho a dizer: se segurem, pois os aprendizados que tive em 2012 me fizeram mais forte e determinada, e não é sobrenome, posição social, cargo ou qualquer coisa que seja que vai nos impedir de mostrar a verdade ao povo. Aprendi muito neste 2012, bati cabeça, fiquei insegura em alguns momentos e me perdi no meio de tanta coisa para fazer, mas agora, mais centrada do que nunca, entro em 2013 com as energias renovadas. Mais segura dos meus atos, darei o melhor de mim para poder cumprir minha missão. Amo o que eu faço!

A minha vida saiu um tanto quanto diferente do que eu havia planejado há 10 anos, mas estou bastante satisfeita com o rumo que ela tomou. É claro que a satisfação total nunca chega, e isso também é bom, pois é na inquietude que crescemos e fazemos as melhores coisas. Ainda tenho muita coisa para aprender, para arrumar, para construir, mas 2012 me deu a segurança necessária para alçar novos voos. Sei exatamente o que eu quero e como quero, e em 2013, com pensamentos mais claros, vou atrás dos meus objetivos.
Obrigada a todos os que me acompanham pelo blog, pelo Facebook, aos amigos de perto, aos virtuais, aos que estão longe, aos que já se foram e me dão a maior força aí de cima, aos que não gostam de mim, aos que não querem me ver nem pintada de ouro: todos vocês fazem parte da minha vida e me dão mais impulso ainda para seguir em frente.

Obrigada 2012 por tudo o que me proporcionou! Ano abençoado, mais uma vez cumpriu sua missão de passar e nos transformar de alguma forma!

2013, você já chega cheio de promessas e de grandes desafios. Como adoro ser desafiada, já vi que vamos nos dar muito bem! Seja bem vindo! Estou ansiosa a te esperar!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pequenos grandes exemplos

Malala Yousafzai

Isadora Faber

Este ano fomos brindados com dois grandes exemplos de coragem. O primeiro caso veio da garota Malala Yousafzai, a paquistanesa de 15 anos que luta desde os 11 para poder frequentar a escola. A batalha de Malala ganhou o mundo após a rede de TV BBC fazer um documentário sobre a coragem da garota em enfrentar o temido Talibã para poder frequentar as aulas, já que lá o ensino para mulheres não era recomendado e as poucas escolas que ainda as recebiam foram destruídas após o domínio da facção. Mas ela não desistiu de sua vontade de se tornar médica. Seguia frequentando a única escola que resistiu ao terrível regime mesmo com o uniforme sob a pesada roupa que as mulheres são obrigadas a usar por lá, justamente para não ser seguida pelas violentas ruas da cidade. A BBC descobriu sua luta e propôs a ela que escrevesse um blog, que logo se tornou sucesso. Isso bastou para que o Talibã descobrisse e passasse a ameaçar sua família. Em 2009 o Talibã conseguiu fechar a escola e a família de Malala precisou se mudar do local. Em 2011, quando retornaram, Malala recebeu do primeiro-ministro afegão o prêmio nacional da paz, por sua coragem em incentivar outras garotas a frequentar a escola. Porém, agora em 2012, Malala sofreu um atentado: um homem entrou no ônibus onde ela viajava com outras estudantes e deu dois tiros na menina. Um no pescoço e o outro na cabeça. Os tiros eram pra ela. O Talibã imediatamente assumiu a autoria do atentado. Malala agora se recupera em um hospital especializado na Grã-Bretanha e, segundo a imprensa internacional, não pretende desistir de seu sonho de se tornar médica.

Outro exemplo de coragem veio recentemente do Sul do Brasil, mas especificamente de Florianópolis. Pode-se dizer que a garota Isadora Faber, de 13 anos, hoje é uma das blogueiras mais famosas do país. Tudo isso por conta de sua página no Facebook em que ela relata as falhas estruturais e de ensino da escola em que estuda. Isadora criticou, por exemplo, a falta de pintura da quadra de esportes e a demora do profissional contratado em fazer o serviço, só para citar a polêmica mais recente. Ela já criticou também a qualidade das aulas e a postura de professores da escola. Tudo isso fez com que a pequena Isadora começasse a ser ameaçada e perseguida dentro e fora da escola, chegando ao cúmulo, na semana passada, de apedrejarem sua casa e acertarem sua avó, uma senhora com problemas neurológicos. Segundo matéria do Fantástico deste domingo (11), o blog, que já foi exaltado por falar as coisas “sem meias palavras”, hoje é contestado por “ser ácido demais, conter apenas críticas e ser imprevisível, ou seja, não se sabe quem será o próximo alvo”...  Porém, de acordo com imagens da reportagem, as críticas procedem, sim. A quadra está uma vergonha, impossível de ser utilizada. As outras críticas, ao que parece, também têm fundamento. Isadora disse à reportagem do Fantástico que, mesmo com os últimos acontecimentos (apedrejaram sua casa e agrediram sua avó), ela não vai parar de denunciar os desmandos da escola. Seus pais estão com ela, dando todo o apoio e incentivando a filha que luta por melhorias na escola em que estuda.    

Eu particularmente fico muito feliz com essas duas grandes jovens mulheres. São praticamente crianças que já sabem o que querem e lutam por um ideal. São corajosas, muito mais que qualquer adulto, e não medem esforços para conseguir melhorar a sua vida e a vida de toda uma comunidade. São mulheres com pouca idade, mas que nasceram grandiosas e com uma linda missão: fazer a diferença em sua comunidade. A coragem dessas meninas impressiona e deveria servir de exemplo e de reflexão, afinal, o que você, do alto de seu cargo, com toda uma vida já vivida, com toda uma bagagem de vivências e experiências, fez e faz por sua comunidade? Qual a sua contribuição para melhorar a vida das pessoas que te cerca? Que legado você deixará para as próximas gerações? Que exemplo você está dando para a sociedade?

Essas são algumas reflexões que precisam se feitas diante do grande exemplo dessas duas pequenas grandes cidadãs.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O grande vencedor


Com o final das eleições em nossa cidade no domingo (07), encerro por aqui meus comentários sobre este tema. Mas não poderia, depois de tanto escrever sobre as eleições deste ano, destacar os resultados.
As urnas se abriram, os votos foram apurados e o resultado mostrou algumas verdades. As pesquisas publicadas pelo candidato vencedor não condiziam com a realidade e serviram apenas para tentar ganhar o voto de quem “não quer perder o voto”. Os jornais que publicaram essas pesquisas saíram desmoralizados perante seus leitores e terão um longo caminho até recuperar a credibilidade (se é que ainda não conseguir). O candidato que as pesquisas diziam estar em primeiro realmente foi o primeiro, mas sem a larga vantagem que apregoavam (pelo menos 14% de diferença da última publicação). O segundo colocado foi aquele que, maldosamente, eles colocavam num longínquo 4ª lugar, com insignificantes 6 ou 7%. O segundo colocado teve cerca de 27% dos votos, ficando apenas a 2% do primeiro, coisa de pouco mais de 800 votos de diferença.

A apuração foi sofrida, voto a voto, até que nos últimos instantes o quadro foi se definindo. Fernando Galvão foi, sim, eleito o novo prefeito de Bebedouro.

Mas, na minha opinião, não sei se a vitória para ele teve o doce gosto das grandes conquistas. Ele alardeava para os quatro cantos que tinha o dobro do segundo colocado (que nem era o Gustavo Spido), fez armações, ameaçou pessoas, sua turma tocou o terror na madrugada, não encarou seus adversários participando de debates, não respondeu corretamente à população quando era questionado e teve que amargar um vitória apertada, voto a voto. Tudo isso numa eleição com 20% de abstenção e com quase 5 mil votos entre brancos e nulos. Ficou com cerca de 20% da população de Bebedouro apenas.

Fez uma campanha milionária (vamos aguardar a prestação de contas), fez alianças com muitos partidos, fez acordos com várias pessoas, montou uma verdadeira equipe de guerra para realizar seu sonho. Ok, conseguiu realizar e espero que seja feliz em seu intento.

Mas o grande vencedor desta eleição, sem dúvida foi Gustavo Spido. Enquanto o primeiro colocado estava em campanha há 8 anos (emendou a anterior a esta) e tinha dinheiro sobrando, Spido iniciou sua campanha há quatro meses e bancando tudo do próprio bolso. Não fez alianças duvidosas (coligou-se apenas a um partido), não loteou a Prefeitura antes mesmo da campanha começar, não precisou de seguranças para andar pelas ruas, não faltou a nenhum debates, não precisou ameaçar pessoas, não precisou usar de meios escusos para ser eleito. Saiu desta eleição pela porta da frente, de cabeça erguida e nos braços do povo. Mostrou que é um político como poucos, cheio de força de vontade para lutar pela cidade, com caráter e hombridade que poucos demonstram e, principalmente, que tem capacidade de gerir uma cidade e governar para todos. Não participou de negociatas, não precisou ameaçar ninguém, respondeu a todos os questionamentos da população e sai desta campanha como o grande novo nome de liderança em nossa cidade. Jovem, capaz, competente e com um futuro promissor. Os 11.249 votos que teve foram de pessoas que acreditaram realmente que Bebedouro poderia ser uma cidade melhor. Não foram pessoas que votaram pelo medo, pela tradição do nome, por causa de ameaças: foram pessoas de bem e que queriam o bem de nossa cidade. Gustavo Spido sai ileso e limpo de uma das campanhas mais sujas que já existiu em Bebedouro. Os bastidores desta eleição ainda virão a tona, podem ter certeza, e daí todo mundo vai saber a grande podridão que tomou conta da cidade principalmente no último mês. Bom, mas daí é outra história...

Finalizo dizendo que Bebedouro tem, sim, esperança de um futuro promissor e de desenvolvimento. Esta eleição serviu para mostrar para muitos quem são as verdadeiras lideranças dessa cidade. Podemos, ainda, ter esperança de ter um futuro não tão longe de muita prosperidade e de dias melhores. Quem viver (e sobreviver), verá!

sábado, 6 de outubro de 2012

Por que eu voto 43?


Voto 43 porque quero ver minha cidade renovada, caminhando nos trilhos do desenvolvimento. Voto 43 porque quero um futuro digno para as futuras gerações de nossa cidade. Voto 43 por não querer mais meus amigos indo embora de Bebedouro por não terem opção de emprego aqui. Voto43 porque quero um prefeito honesto, íntegro, que luta por seus ideais e em benefício da cidade, que não pensa só em si e que sabe que a coletividade é o que importa. Voto 43 por acreditar que é possível, sim, fazer com que Bebedouro saia do fundo do poço, é possível fazer de nossa cidade uma cidade vitoriosa, honrada e cheia de oportunidades para todos. Voto 43 porque quero um prefeito sem rabo preso com financiadores de campanha, que irrigaram campanhas milionárias em nossa cidade em troca de possíveis favores. Voto 43 porque quero um prefeito que, sozinho, bancou sua humilde campanha, uma campanha simbólica, sem um contingente enorme de pessoas para agitar bandeiras, sem um contingente enorme de bajuladores do lado. Voto 43 porque sei que quem está do lado são pessoas que lutam por uma causa maior: Bebedouro. Voto 43 porque quero um prefeito que não precisou coagir pessoas, ameaçar pessoas comuns e adversários políticos para tentar se eleger a qualquer custo. Voto 43 porque quero um prefeito que não precisa de guarda-costas para andar pela cidade, que anda por todos lugares de cabeça erguida e com a alma limpa. Voto 43 porque quero um prefeito que jogue limpo, que não usou meios escusos para arrebanhar eleitores. Voto 43 porque quer um prefeito que não faça distinção entre ricos e pobres e que governe para todos. Voto 43 porque acredito que nossa cidade pode trilhar um novo caminho, focando de vez no desenvolvimento e trazendo emprego de qualidade e melhor qualidade de vida para todos. Voto 43 porque acredito que teremos tempos difíceis sim, mas que, apoiados por um prefeito capaz e que saiba gerir a cidade, conseguiremos dar a volta por cima. 
Poderia ficar horas e horas aqui dizendo porque eu voto 43... Mas finalizo dizendo que voto Gustavo Spido 43 porque quero verdadeiramente uma cidade melhor. Ele é o mais preparado para assumir uma Prefeitura com sérias condições financeiras e saberá gerenciar e administrar a cidade assim como faz com sua empresa, a terceira da cidade em geração de emprego. Voto 43 porque ainda acredito que o bem comum precisa prevalecer e que não podemos retroceder no tempo voltando à fase dos velhos coronéis, quando tudo era resolvido a bala. Pense nisso. Vote pela esperança de termos realmente uma cidade para nos orgulhar.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Jeito ético de fazer política: ameaçar adversários.


Bem, estou de volta para contar um pouquinho (só um pouquinho), dos bastidores da política em Bebedouro. Depois tem gente que ainda fala que eu pego no pé de um certo candidato engomado-decoradinho, mas o que vi hoje (02 de outubro), realmente supera todas as especulações que andam falando sobre os bastidores. Vi uma cena grotesca, de puro autoritarismo. Não da pessoa que estava fazendo a cena e, sim, da pessoa mandante. Ficou claro, pelo teor da “conversa”, quem tinha mandado.

Decidi fazer este post só agora, pois na hora do acontecido (umas 10h da manhã deste dia 02), eu estava extremamente nervosa e apreensiva. Não iria conseguir fazê-lo com a isenção que precisava e com a precisão que tinha que fazer. Então, aí vai a cena que vi e testemunhei:

Eu estava no bairro São Benedito nesta manhã com o candidato Gustavo Spido. Uma pessoa da campanha do Spido parou para conversar comigo. Estávamos conversando na esquina quando uma candidata a vereadora do DEMO passou. A pessoa da campanha estava me contado da intimidação que sofreu enquanto estava tomando um café no centro da cidade, dizendo que um dos seguranças do candidato engomado-decoradinho tinha falado que “a casa caiu” por causa de um vídeo divulgado por outro candidato, e que o colaborador do Spido tinha que “ir agora para a delegacia”, junto com o segurança do outro candidato, para se esclarecer. Como se o cara fosse policial para “intimar”!

Não deu 5 minutos que a candidata a vereadora do DEMO passou, olha os seguranças do engomado-decoradinho lá no São Benedito! Estacionaram o carro na pracinha, desceram rápido sem fechar as portas e já foram falando: “vamos lá na delegacia agora, a casa caiu”.

A pessoa da campanha do Spido disse que não tinha nada a ver com aquilo, e que iria para a delegacia se fosse intimado a prestar depoimento. Mas os seguranças (eram dois), queriam levá-lo de todo jeito. Diziam que tinham recebido um serviço, que ele tinha que ir e que ele (o rapaz da campanha do Spido), estava dando muito trabalho a ele. O rapaz da campanha falou que ele (o segurança), não era policial e que não tinha poder para levá-lo à delegacia.

Nossa, isso bastou para tirar o segurança do sério. Com dedo em riste, disse que conhecia o rapaz e que não ia ficar assim. Quase foram para os “finalmentes”, bem na minha frente. Eu não tive pernas nem braços para correr, juro!

A “conversa” acabou e eu fui embora, passada!

No caminho de volta vim pensando em como alguém, as 10 da manhã, poderia intimidar uma pessoa. Não era possível que uma barbaridade dessas tinha acontecido em minha cidade. Se isso acontece à luz do dia, imaginem na madrugada, onde tudo acontece numa eleição? Como é possível alguém mandar uma pessoa intimidar a outra assim? O que será de nossa cidade se, CASO eleito, essa pessoa tome o poder? O que será das pessoas comuns que discordarem de sua maneira de governar? O que será das pessoas se elas forem reclamar do atendimento do hospital, por exemplo? Terão o mesmo tratamento? O que será da única voz de Bebedouro CASO essa pessoa seja eleita? Tocarão fogo em nossa sede? Queimarão seus proprietários em praça pública para servir de exemplo aos desertores? O que será da cidade? Virará um faroeste? Quem se erguer contra será punido com o “rigor das leis que eles criarem”? Em que mundo estamos, meu Deus!

Me desculpem o desabafo... Passei mal a manhã inteira por causa disso. Me deu nojo, me deu asco, me deu pena e ao mesmo tempo me deu medo. Muito medo do futuro “novo e  ético” que eles querem pintar em Bebedouro. Medo, muito medo.

Depois de sair do São Benedito, acabei, por conta de meu caminho, passando em frente ao comitê do engomado-decoradinho. Pois eis que, com o carro do engomado lá, os seguranças chegaram e já foram para a porta que dá acesso à diretoria, de certo “passando o serviço” do acontecido. Tenho pena de Bebedouro se cair nas mãos desse povo.

Eu fui testemunha ocular da situação. Eu, depois disso, estou com muito medo do que pode acontecer à nossa cidade CASO ele seja eleito. Que Deus nos proteja e nos guarde disso. Que Deus ilumine os eleitores a votarem certo e a dizer NÃO a este novo ditador, revestido de belas roupas mas oco por dentro, cheirando mal de tão podre e de fazer uma política tão diferente da que prega nos comícios! Acorda, população!!! 

domingo, 30 de setembro de 2012

Artigo publicado no "O Jornal" deste sábado (29).









O dano e o sonho

Desde o dia 11 de setembro vivo um pesadelo. Tive meu carro todo riscado por uma pessoa que trabalha para o candidato Fernando Galvão (DEM) e posso confessar que este fato tirou o meu sono. Muito tive que trabalhar para conquistar o primeiro carro realmente meu. Fui à concessionária, escolhi o modelo e a cor que minhas condições permitiam e fiz a compra. Ah, que alegria! Meu carro novinho, tirado da concessionária no dia 23 de dezembro de 2011, véspera de Natal! E ainda vermelho, uma cor da qual gosto muito. Fiquei realmente radiante com meu presentão de Natal.

Ver meu carro todo riscado, um dia depois do debate com os candidatos a prefeito promovido pela Igreja Católica, foi um choque. Tenho amigos que trabalham em concessionárias e em oficinas de funilaria e todos sempre me diziam que “risquinho fica mais caro para arrumar do que batida”. Na hora pensei nisso e entrei em desespero. Afinal, quem teria coragem de riscar toda a lateral direta, capô e traseira de um carro? Que tipo de pessoa teria a crueldade de riscar todinho um carro? Minha indignação me levou até a Delegacia, onde recebi a orientação de fazer um Boletim de Ocorrências e a procurar alguma câmera de segurança que tivesse filmado a ação. De posse do vídeo, mal pude acreditar que a pessoa no vídeo era um rapaz que trabalha na campanha do candidato Fernando Galvão, aquele que se apresenta como “ético”. Sinceramente, não dá para classificar uma pessoa como ética se ela permite que esse tipo de baixaria aconteça em sua campanha. Que ética é essa de intimidar, de acuar, de mandar recados desse tipo? Essa é a ética que queremos para nossa cidade? Esse é o tipo de prefeito que queremos?

Bom, de minha parte deixo esses questionamentos para você, eleitor, fazer. Reflita, repense, analise e saiba que, na hora do voto, é você, sua consciência e a urna. Posso dizer que no que cabe a mim, terei um grande prejuízo. Meu carro, mesmo que o rapaz pague a nova pintura, ficará desvalorizado no mercado quando eu for trocá-lo. Qualquer um que conheça de pintura automotiva (vendedores principalmente), saberão que o carro foi pintado novamente e, não importa que eu diga que foram riscos: sempre acharão que meu carro foi inteiro batido e ele perderá valor. Eu costumo pensar que tudo o que dá para resolver com dinheiro é mais fácil. Difícil mesmo são as coisas que o dinheiro não compra, como os sonhos.

Eu posso afirmar para vocês uma coisa: o meu prejuízo será solucionado. Agora, o prejuízo do candidato, no dia 07 próximo, esse o dinheiro não paga. 


sábado, 15 de setembro de 2012

As Falsas Pesquisas

Tem um candidato nesta eleição que acha que o povo é trouxa e ignorante. Vamos aos fatos.

Fernando Galvão já tem registrada, pelo Instituto Realidade, 5 pesquisas para esta eleição. A primeira publicou na Folha da Cidade, jornal que em época de eleição ele lembra que existe e usa para se favorecer. Sim, amigos. Galvão considera apenas jornal a sua Gazeta de Bebedouro, mas nesta época do ano se lembra que existem outros que também servem ao seu desejo desenfreado de ser prefeito. Lembrou-se também do Cidade Viva News, um jornal que circula mais em Monte Azul do que aqui, mas nessas horas qualquer um serve.

O caso é: esse candidato está manipulando resultados para forçar a população a "não perder o voto", ou seja, alardeia aos quatro cantos que tem mais que o dobro do segundo colocado em intenção de votos e faz com que o povo pense "bom, se é assim, não adianta votar nesse ou naquele, pois o poderoso Galvão já ganhou". Coitado.

Forrou a cidade com um panfleto dizendo que está em primeiro e para a população não acreditar em falsas pesquisas. As "falsas pesquisas" seriam as que mostram um resultado diferente da que ele publica, e qualquer instituto sério colocará a pesquisa dele em descrédito. Qualquer pessoa com mais de dois neurônios sabe que a eleição em Bebedouro ainda está emboladíssima e sem um candidato despontando assim. Qualquer pessoa com mais de dois neurônios teria receio em se arriscar desse jeito, colocando seu nome como favorito quando na verdade não ocupa essa posição. Mas tudo isso tem uma explicação.

Retomo o que eu disse em um dos posts que fiz. Fernando Galvão é o típico garoto birrento de supermercado. As mães sabem do que eu digo e acredito que todo mundo já viu uma criança fazendo birra em supermercado. Ele grita, ele se joga no chão, ele chora, dá o maior escândalo porque quer alguma coisa que os pais não querem ou não podem dar. 

Fernando Galvão, antes de ser eleito, só mostra com essas atitudes que é, sim, um garoto birrento. Quer porque quer ser prefeito de qualquer jeito, sem atributos que lhe dê respaldo para isso. Com atitudes assim, também já chama a população de trouxa e de ignorante, querendo enfiar goela abaixo que ele está no topo e que ninguém tira essa eleição dele. 

Com isso, pairam algumas dúvidas. Se já age assim mesmo sem estar eleito, chamando o povo de burro e apostando na ignorância da população, o que fará depois, se eleito? Se já age assim, como um coronel que não permite contestações, o que fará se eleito? Se agora, de certa forma, coage a população a votar nele, o que será do povo caso ele seja eleito?

Pensem bem, eleitores. É este tipo de gente que você quer que comande a cidade? Gente que não quer ser contestado, que enfia goela abaixo suas ideias e imposições? Gente que não respeita o povo, que não deixa pensar e escolher por si mesmo? Gente que por vaidade quer ser prefeito de uma cidade? Gente que, mesmo sem ter poder, já manipula e joga com as piores regras, posando de ético e limpo quando na verdade ainda não aprendeu o que é ser ético? Gente que quer voltar a colocar cabresto no povo, não permitindo que as pessoas pensem? É preciso atenção, minha gente. A cidade não pode cair nas mãos de pessoas nefastas e interesseiras, pessoas que só querem estar lá na Prefeitura para governar para eles. Pessoas que, mesmo com toda a influência que têm, nunca trouxeram nada de bom para nossa cidade. Gente assim não merece seu voto. 

No supermercado, na maioria das vezes em que uma criança faz birra, os pais agem assim: dão umas boas palmadas no bumbum do garoto e ele volta pra casa, de castigo, e com a bunda quente.... Tomara que os pais (população), façam o mesmo e coloquem esse garoto de castigo. Esse será seu fim também, Fernando Galvão.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Recado Musical




Hoje (14), fazendo minhas orações pelo caminho logo de manhã, recebi um sinal musical de Deus para mim. Tenho uma relação muito intensa com Ele e Ele sempre dá um jeito de me mostrar as coisas que eu peço. Como Ele sabe que sou meio lerdinha, ao invés de me dar pistas, Ele logo escancara as coisas bem na minha frente. É até doido falar isso, mas é plena verdade.

Então hoje, logo que terminei minhas orações, liguei o rádio e tive a grata surpresa de ouvir uma linda música do Chico Buarque que me arrepiou toda! Era muita coincidência ouvir bem aquela música no momento em que eu terminava minhas orações. Então, eu entendi o sinal e repasso para vocês. 

Como vocês devem saber, nós do "O Jornal" estamos passando apurados com um certo candidato engomado-decoradinho metido a coronel, que quer porque quer ser prefeito de nossa cidade sem a mínima condição para tal. A música me fez lembrar desta situação e da cidade em geral, e retrata bem o momento que vamos viver quando essas forças do mal forem realmente vencidas. Pena não poder contar mais para vocês sobre os sórdidos bastidores da política em nossa cidade, pois assim vocês teriam a exata dimensão do meu sentimento ouvindo essa música. 

De qualquer forma, aí vai o recado que Deus me mandou. A música é "Apesar de Você", e tomo a liberdade de grifar os trechos que mais me tocaram quando ouvi.


Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão

Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!

Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Esse samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
De "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
Antes do que você pensa

Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente

Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Você vai se dar mal, etc e tal
La, laiá, la laiá, la laiá