domingo, 29 de janeiro de 2012

Ufa, enfim uma semana tranquila para o Juvenal!



Até que enfim passamos uma semana tranquila!

Ele está comendo suuuuuuper bem (carne e ração), bebendo bastante água, já caminha com as 4 patas (uma das patas traseiras, bastante prejudicada com a queimadura, ainda o fazia mancar) e está pedindo carinho toda hora!

Hoje (domingo, 29), ele tomou a última das 10 injeções que precisou para controlar a temida doença do carrapato. Ele ainda tem que tomar comprimidos para curar uma micose no focinho e na orelha direita, mas já está bem melhor também.

No sábado, junto com o Dexter e o Zacarias (meus outros cachorros), saiu correndo pelo sítio! Fiquei muito feliz pela recuperação dele e pela interação com os “irmãozinhos”.

Ele me recebe todos os dias pela manhã para me dar “bom dia”, junto com os outros. Quando chego a noite, lá está ele para me receber assim que paro o carro! São pequenos gestos, pequenos passos, mas me alegram de uma forma que ninguém pode imaginar!

Agora só falta, para ficar completo, ele me dar o maior gesto de carinho de um cão: uma lambida nem que seja na mão. Ainda não aconteceu, mas acho que falta pouco!  

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A semana do Juvenal


O último post que fiz sobre o Juvenal foi na segunda-feira (16). Passaram-se apenas 4 dias, mas a vida do Juvenal é realmente muito agitada.

A segunda-feira ainda foi tranqüila. Ele ainda comia o primeiro pedaço de bife de fígado com remédio sem problemas. Já na terça pela manhã ele começou a desconfiar do primeiro pedaço. Não comia de jeito nenhum, e passou a comer menos o que eu deixava pra ele durante o dia.

Comprei então a boa e velha salsicha (minha irmã sempre dizia que os cachorros dela eram loucos por salsicha e os meus também são). O primeiro pedaço que fui dar a ele a noite ele nem quis saber do que se tratava, mesmo estando sem remédio. Resultado: tive que dar na marra mesmo. Ele relutou um pouco, mas tomou.

Na quarta pela manhã também foi o mesmo “parto”, mas a noite ele se superou: dei o remédio à força, esperei um pouco pra ver se ele engolia, ele fazia o “barulhinho” de engolir e eu achava que estava tudo certo. Era eu levantar para ele cuspir o remédio fora! Fez isso 3 vezes!!! Muito malandrinho esse Juvenal!

Eu me diverti muito com a esperteza dele, mas minha preocupação aumentava a cada instante porque ele simplesmente parou de comer. Ficava amuado no cantinho dele, não erguia nem a cabeça, não saía para dormir debaixo do carro nem nada.

Depois de algumas dicas do Henrique Junji Matsuda, o veterinário dos meus cachorros (excelente, por sinal), ele tentou comer um pouco do arroz misturado com fígado triturado ainda na quarta à noite. Até fiquei feliz, pensei que ele tinha enjoado do bife de fígado puro.

Na quinta pela manhã, ele tinha posto tudo para fora. Estava muuuuuito mais amuado e nada despertava sua atenção. Ele tremia e gemia muito. Saí do sítio arrasada, chorando e achando que não tinha mais jeito, que o Juvenal ia me deixar. Nem dei remédio para não forçá-lo.

Cheguei em Bebedouro e liguei para o Henrique, que pediu que eu o levasse na clínica. Fui com minha irmã Rejane buscá-lo na hora, mas tinha medo do que poderia encontrar. Sinceramente achei que não o encontraria vivo. Mas ele estava lá, debilitado mas lutando.

O diagnóstico não foi dos melhores: por causa da grande carga de antibióticos que ele teve que tomar, o fígado ficou comprometido (por isso não comia). Por não comer ficou fraco e sua resistência baixou, deixando que a doença do carrapato, que estava encubado, se manifestasse. Iniciamos o tratamento na mesma hora!*

Uma enorme receita foi me dada, e logo fui comprar as coisas. O Henrique já fez um pacote para curar a doença do carrapato (10 injeções), sarar o fígado (5 injeções), soro administrado por via oral e um produto para ajudar a crescer o pelo onde ele foi queimado. E papinhas especiais para deixá-lo beeeem forte!

Ah, e tem a parte principal: ele foi liberado para o primeiro banho!!! Isso não tem preço! Tadinho, precisava ter um pouco de dignidade na vida, sabe? Suas queimaduras estão ótimas, já todas curadas! A pele já está pronta para se recuperar e receber os novos pelos, que nascerão com a ajuda de remédios e loções.

Fiquei mais de 45 minutos para dar banho nele no chuveiro (energia rural, não se assustem! E quanto ao “desperdício” de água, Deus sabe que foi por uma boa causa!), mas a parte principal foi quando joguei a primeira caneca de água semi-morna nele. Ele chorou muito, mas muito mesmo, talvez se lembrando da sua triste história de queimadura com água fervendo. Quando ele sentiu água no seu corpo de novo pode ter se lembrado e até “pensado”: “pronto, vai acontecer de novo”. Cortou meu coração, mas com muita “psicologia e conversa” consegui acalmá-lo.

Bom, tirei todos os resquícios de pomada e pude ver que a queimadura estava curada! Fiquei muito feliz com isso. Hoje (20), dei início ao tratamento contra a doença do carrapato e a melhora do fígado. As papinhas.... ah, ele adorou as papinhas! Está comendo melhor e hoje a noite ele, inclusive, já está levantando a cabeça, ficando atento a tudo o que acontece. Até levantou as orelhas quando assoviei para os meus outros 2 cachorros! Inédito isso. Estou bastante feliz!

Juvenal quando chegou


 Juvenal depois do banho e curado das queimaduras



Pessoal, isso acabou de acontecer. Enquanto eu escrevia o texto, o Juvenal levantou sozinho, foi no pote de água e tomou muita água. Depois, não contente, veio deitar quase no meu pé, de barriga pra cima, pedindo carinho. Nunca fez isso, e imagino que seja um sinal de que ele está melhorando!!!! Olha isso!



*A doença do carrapato pode matar, sim. Mas quando diagnosticada a tempo há tratamento. Fique atento e, se perceber que seu cachorro perdeu o apetite, ficou amuado, tem febre, machas roxas no pelo, dentro outros sintomas, procure um veterinário urgente!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O final de semana do Juvenal



A agitação começou logo na sexta-feira (13), dia marcado pelo veterinário para a primeira dose da vacina. Como ele veio da rua já grandinho, resolvi dar todas as vacinas de novo por imaginar que ele, provavelmente, não estaria com as doses em dia. Cheguei para buscá-lo por volta das 15h e, para minha surpresa, ele foi me receber no caro, todo feliz e abanando o toquinho de rabo que tem. Chorei de emoção ao vê-lo! Era a primeira vez que o via caminhar e principalmente abanar o rabo, que desde que ele chegou estava como se ele estivesse com medo, com o rabinho entre as pernas. Era um sinal de que, de alguma forma, eu havia ganhado a confiança dele.

O caminho até o veterinário foi longo. Não havia jeito de ele ir deitado na caminha: ele queria ir no meu colo! E assim foi feito! Chegamos ao veterinário, ele no meu colo, e ficamos esperando a consulta. O veterinário está atendendo em uma casa de ração, e não preciso nem dizer que ele foi a sensação do lugar! Todo mundo parava e pergunta: “nossa, o que aconteceu com ele?” ou “esse é o Juvenal, não é? Aquele cãozinho que saiu no O Jornal?” O Juju ficou famoso! Recebi o carinho de todos ali e pude ver a indignação das pessoas com o fato. E ele lá no meu colo, todo manhoso!

Ele chorou como meus outros cachorros quando tomou a injeção. O veterinário disse que ele está bem melhor, com as queimaduras já secando. Só precisa comer um pouquinho mais, mas isso está difícil. Só bifinho de fígado e olhe lá, às vezes nem isso ele come. Aceito sugestões, viu! Faço qualquer coisa pra ele comer melhor!

Bom, no sábado (14), dei os remédios e fiquei com eles um pouquinho lá fora. Por volta do meio-dia entrei e fui descansar. Lá pelas 15h, o Paulo Sérgio foi lá fora e, para nossa surpresa, cadê o Juvenal? Pensei: “pronto, fugiu! É isso que dá criar cachorro já adulto no sítio! Ele foi embora, nos abandonou! Justo nós que tanto amor e carinho demos a ele!” Ficamos muito tristes.

Depois de umas 3 horas, eis que surge, debaixo do carro e com a maior cara de sono, o Juvenal! Resolveu esticar as perninhas e tirar um cochilo em um lugar diferente e nos deixou nessa preocupação toda!!!

Fizemos a maior festa quando ele voltou! No domingo (15), ele “sumiu” de novo, mas agora já sabemos seu paradeiro! Ele está a cada dia mais esperto!!! Vida longa ao Juvenal!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O dia do Juvenal – parte I



Ontem (10/01), fiz um post sobre o Juvenal que muita gente gostou e comentou. Teve uma amiga, a Maria Alice Magioni Mariotto, que até disse para eu fazer um diário dele, mas como sou meio desligada, disse que faria aos poucos, sem muuuuito compromisso. Mas as coisas que aconteceram ontem merecem um post!

Eu estava angustiada por ele não ter comido. Já fazia dois dias que ele não comia e nem bebia. Cheguei por volta das 18h disposta a fazê-lo comer! Pensei no leite, que sustenta.

Esquentei meio copinho americano e ofereci à ele, que logo foi bebendo. Nossa, foi uma sensação muito boa vê-lo se alimentar. Daí pensei num pãozinho molhado no leite (quase todo mundo adora!), e lá fui. Para minha surpresa, ele comeu quase um pão inteiro! Era uma vitória!!!

Postei no Face que ele tinha comido, e teve uma amiga que comentou uma coisa que não saiu da minha cabeça, algo tipo assim: “pode dar uma diarreiazinha (...) mas ta valendo, comeu alguma coisa.”

Eu sei por mim mesma que leite dá um certo “revertério”, mas minha felicidade por ele ter comido era tanta quem nem me preocupei com isso.
Como choveu e fez um friozinho, colocamos ele para dormir na cozinha. Quente e confortável em sua caminha nova! Dormiu a noite toda, nem chorou. Parou até de tremer, algo que, além do medo, associei à fome.

Acordei pela manhã e fui vê-lo, e eis que vejo, na cozinha, um cenário de guerra... Realmente deu um “pequeno” revertério no pobre menino... Tadinho!

Fiquei assustada, mas não pela sujeira em si: fiquei com medo de ter piorado o quadro dele.  Tirei-o de lá, lavei tudo e esperei dar um horário de “gente” para ligar para o veterinário, o Henrique Junji Matsuda, que confirmou que o leite dá esses probleminhas e logo me ensinou a fazer uma papinha com fígado e beterraba, para depois misturar com ração para ele se acostumar a comer. Ufa, fiquei aliviada!

Fui trabalhar e o Paulo Sérgio, meu namorado, chegou em casa antes de mim. Na hora ele me ligou dizendo que ele estava solto, andando pela grama. Isso porque fizemos um cercadinho com madeira de uns 40 cm e colocamos uma pequena grade, totalizando quase 1 metro! Ele conseguiu passar pela grade e dói brincar com os irmãos, é mole?

Também não consegui ficar brava, imagina! Mesmo ele estando sem vacinas (começa na próxima segunda-feira, dia 23), ver a força desse bichinho me surpreendeu!

Sei que ainda tem muito a ser feito, mas acredito que ele já esteja ficando bom! Esses pequenos gestos é que me dão forças para ir em frente, apesar das dificuldades. Abraço a todos! 

PS: O nome ficou Juvenal mesmo. Adorei desde o primeiro dia!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Juvenal e como ele pode mudar minha vida!

Pessoal, voltei das férias!

Férias curtas, mas maravilhosa, inesquecível e imprescindível!!! Depois conto como foi...

Bem, ainda na volta para Bebedouro, paramos, meu namorado e eu, num desses postos famosos para almoçar. Na saída do almoço, recebo uma mensagem da minha irmã, Rejane, me dizendo para acessar o Facebook dela que ela tinha postado a foto de um cãozinho Fox, lindinho, que estava na Zoonoses e que fora queimado com água quente pelo antigo dono.

Eu tenho três Fox (a Peteca, que fica no O Jornal e é a rainha do bairro), o Dexter e o Zacarias, que moram comigo e com o meu namorado, o Paulo Sérgio. Eles são minha alegria! Passei 28 anos da minha vida só admirando os cachorros do vizinho, a alegria que eles proporcionam e todo o carinho dispensado a seus donos. Depois disso, depois que a Peteca apareceu em minha vida, não me imagino sem eles todos! É amor demais, e sem cobrar quase nada!!!

Bom, na hora que vi a mensagem já me deu um arrepio. Comentei com meu namorado e ele também foi da mesma opinião: não vamos nem olhar. Mas a curiosidade falou mais alto e, do carro mesmo, acessamos o Face da minha irmã. O que vimos nos emocionou demais...

Falamos quase que a viagem inteira sobre a foto que vimos. Não dava para acreditar que um ser, dito “humano”, teve a coragem de jogar água quente em um ser tão indefeso. É muita crueldade pensar que a “pessoa” teve a coragem de pegar uma panela, encher de água, esperar pacientemente até ferver e jogar em um animalzinho. Esse ato não tem nem classificação, assim como também a “pessoa” que fez isso não tem. Isso não tem nome...

Me emociono e me enraiveço só de pensar.

Bom, continuando, já quase em Bebedouro, meu namorado, o Serjão Desenso, já sugeriu que eu fosse até a Zoonoses “conhecer” o cachorro. Já em casa, ele foi mais declarado: que tal adotarmos? Essa pergunta eu também não tenho nem como classificar, pois tocou muito fundo em meu coração. No fundo eu já sabia que esta seria a atitude dele (para quem não conhece, ele é uma pessoa de um coração imenso, cheio de amor, que se emociona, sente, chora e se compadece do sofrimento alheio). Não poderia esperar outra coisa dele!

Quando fui até a Zoonoses, tive uma surpresa. Antes de eu entrar na sala onde ficam os animais, fui recebida por uma voluntária que disse que, aparentemente, o Juvenal (como ele era chamado), já havia sido adotado. Banho de água fria, pensei eu! Mas mesmo assim pedi para vê-lo enquanto eu esperava a Mariângela, um anjo que cuida dos animaizinhos por lá. Quando eu cheguei perto dele, ele, com toda a limitação que a situação lhe dava, logo se levantou e foi me receber. Já fui me sentando no chão para brincar com ele, e ele permaneceu ali, em pé, por todo o tempo que fiquei sentada. Fiquei com dó dele fazer todo aquele esforço e decidi me levantar para que ele pudesse ir para o cantinho dele, e assim foi feito.

Passado alguns minutos, eu já de pé conversando com a estagiária (que infelizmente não perguntei o nome), ele se levantou e foi cheirar o lugar em que eu estava sentada enquanto brincava com ele. Na hora percebi que ele é quem tinha me adotado! Logo a Mariângela chegou e disse que ele era meu, que minha irmã já tinha falado do meu interesse!

Fui buscá-lo na segunda-feira (09), por coincidência dia do aniversário do Dexter. Passei no veterinário, comprei tudo o que foi indicado, e o trouxe para casa.

Tudo era novo, tanto para ele quanto para mim. Sinceramente eu não sabia (como ainda não sei), como agir com ele, nem como pegá-lo no colo para aplicar os remédios. Ele foi um cãozinho muito judiado pela vida e pelo antigo dono, e na primeira noite foi muito “desconfiado” de tudo. Não comeu, não bebeu nada, tremia a cada passo mais barulhento e forte que ele ouvia. Quase não me deixava chegar perto: já deitava no chão como se estivesse totalmente acuado por tanto medo.

Enfim, consegui medicá-lo e o coloquei no cantinho dele para dormir. Às 3h30 da manhã de terça-feira, acordei com ele chorando (talvez pelo frio da madrugada e pela pomada em seu corpinho que deveria dar maior sensação de gelado). Como ainda não posso “misturá-lo” aos meus outros cachorros (não sei se ele foi vacinado ou se tem alguma doença encubada), o coloquei na cozinha. Ele parou de chorar, mas eu não dormi mais... Muitas coisas se passaram por minha cabeça durante as longas e intermináveis horas que passei em claro.

O abandono, o medo que ele sentia e tudo o que ele poderia já ter passado, e o meu medo de não dar conta de cuidar dele como ele merecia tomaram conta dos meus pensamentos. Tive, sim, vontade de desistir, de procurar uma nova dona que pudesse ter mais força e estrutura psicológica para cuidar dele.

Acordei às 6h da manhã e logo fui vê-lo. Seus olhinhos tristes, assustados, se misturaram ao meu olhar cansado e também com medo, e logo caí no choro. Dei os remédios, chorei junto com ele e saí de casa arrasada. Afinal, ele não comia e nem bebia nada, como é que poderia aguentar as altas doses de remédios e ter forças para ficar bom?

Fui trabalhar ainda sem saber como agir. Daí veio a forte chuva de hoje (10), a tarde, e nem imaginava como o encontraria. O Serjão chegou antes de mim e me mandou uma mensagem dizendo que ele nem se molhou! Praticamente um milagre, já que o lugar onde ele estava era pouco coberto, é apenas uma pequena área de serviço. Milagre mesmo, pois não sei o que um banho de chuva faria com sua situação já debilitada.

Cheguei em casa já bem melhor, disposta a fazê-lo comer. Pensei em leite! Esquentei meio copo e coloquei em um potinho, deixando bem perto dele, quase dando na boca. Ele tomou tudo!!! Pensei: já que gostou, vou dar mais! Leite sustenta, deve ajudar! Daí me lembrei de um pãozinho. Molhei o pão no leite quentinho e ele comeu quase que o pão todo! Uma vitória para quem não se alimentava há quase 2 dias.

Isso me deu um novo gás! Vou em frente enquanto tiver forças, e sei que, em breve, ele estará bom, correndo para todo lado junto com seus “irmãozinhos”. Vou postanto mais notícias sobre ele aqui! Obrigada a todos que me incentivaram e pelo carinho! Bjos!!! 

PS: Vamos manter, pelo menos por enquanto, o nome de Juvenal!!!

PS2: Os irmãozinhos adoraram ele!!! Vai dar certo!



Juvenal em sua primeira noite com a gente. A foto foi tirada antes de eu tirar esse "abajur" dele. Incomodava muito, tadinho! Ele tem até uma caminha agora.