terça-feira, 29 de novembro de 2011

O desfecho de Michael Jackson


Esta semana foi divulgada a sentença de prisão do médico de MJ: 4 anos de detenção. Ouvindo a crônica de Arnaldo Jabor, no Jornal da Globo, não resisti e estou fazendo este post.

Jabor disse que realmente não sabe se o médico é culpado ou inocente da morte de MJ. MJ foi um rapaz que foi dilacerado intimamente pela mídia, que nunca permitiu, apesar de sempre alardear, que ele fosse homossexual e muita especulação fez sobre o caso.

Segundo Jabor, a sanha de MJ em se parecer cada vez mais branco, cada vez mais mulher, contribuiu para isso. Jabor até compara a aparência de MJ como a de Diana Hoss, sua amiga. Cada vez mais distante de usa felicidade, de sua auto-afirmação, MJ foi se distanciando do mundo e se isolando, tornando-se cada vez mais “o menino” que a mídia sempre quis que ele se perpetuasse e que da qual ele mesmo queria se desfazer. Criou-se o “Neverland”, a terra do nunca, para que ele nunca mais crescesse.
Bom, contei um pouco do que o Jabor disse e de que eu também concordo.

Acho que quem não se assume verdadeiramente perde “metade de sua vida”.

Não que seja fácil se assumir (eu imagino pelo caso que passei ao ter que assumir para minha mãe que eu fumava cigarro – ela odeia até hoje - mas acho que a gente se torna mais “gente” ao se assumir. A sociedade, a família e os amigos podem te rechaçar num primeiro momento, mas com certeza estarão com você sempre se forem sinceros, te ajudando e te dando apoio.

A mensagem deste post é a de que você deve ser feliz. Quem se assume, com seus erros e seus acertos, suas qualidades e seus deslizes, assume a sua postura de ser mais feliz sempre e essa felicidade não tem preço. Assuma você como você é e seja feliz!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Afinal, para quê serve um político?


 
Hoje, 18 de novembro, é uma sexta-feira e aniversário da minha mãe, a Dona Terezinha. Como uma boa sexta-feira, é dia de tomar uma cervejinha e relaxar. E assim foi feito: cheguei no sítio e abri a primeira cerveja enquanto ligada a televisão. O Jornal  Nacional estava no ar, e eis que eu estou aqui, mais uma vez para falar de política, em plena sexta-feira. Poxa, justo eu que tinha feito um voto de, a partir de agora, postar coisas mais leves aqui no blog que, apesar de também tratar de política, estava ficando político demais... Mas eles (os políticos!), realmente não me deixam em paz nem numa sexta-feira gostosa para se tomar uma cervejinha e relaxar. Aí vou eu!

José Ribamar Ferreira Araújo da Costa (vou omitir o último sobrenome para só revelar depois, mas acho que vocês já saberão de quem eu falo). Este homem nasceu em 1930 e ingressou na política aos 24 anos. Já foi suplente de deputado federal, deputado federal, governador, senador e presidente (depois que o cabeça da chapa faleceu). Sua família também tem papel importante na política de seu estado e do país, ocupando cargos de destaque.

Bem, sem mais delongas, estou falando de um homem que este ano completou 57 anos de política, tendo ocupado, como já disse, os mais importantes cargos (não foi prefeito nem vereador, nem deputado estadual, cargos “menores”: já foi mais alto!). Este homem é o José Sarney. Dispensa apresentações.

Apesar de agora ele ter sido eleito pelo estado do Amapá, Sarney e sua família residem no estado do Maranhão, o mais pobre da população. Lá, segundo dados do IBGE, na cidade mostrada pelo JN (Vargem Grande), 33% d população vive com menos de R$ 70 por mês, faixa considerada como pobreza extrema. As condições de vida são precárias, nas quais os moradores da cidade, quando muito, possuem casas de saibro cobertas com folhas de coqueiro, assim como a escola do município.

A renda média da população é de R$ 156, e muitos deles dependem exclusivamente do Bolsa-Família. Tratamento de água e esgoto atinge menos de 50% da população, e o único hospital da região funciona com esgoto à céu aberto bem na entrada.

Como falta água, a população depende de água de poço que, segundo mostrou a reportagem, é barrenta e tem até cachorro morto.

O prefeito da cidade disse à reportagem que a cidade é pobre e não possui recursos, e que depende exclusivamente das emendas de parlamentares para sobreviver.

O governo do estado do Maranhão (lê-se Roseana Sarney, filha do dito cujo), divulgou nota dizendo que a cidade é carente de recursos porque a população é feita de jovens e crianças, ou seja, menos gente trabalhando e conseqüentemente menos dinheiro circulando. Disse também que grande parte da população vive na zona rural, que paga pouco e gera menor renda.

Bom, enquanto via essa reportagem, a única pergunta que vinha à minha cabeça era: como um estado que já teve até um presidente da república nascido lá, é capaz de passar por tantos problemas e tanta miséria? Como uma pessoa, com 57 anos de política e ocupando só os altos cargos, não conseguiu fazer NADA por seu estado natal? Como é possível, ocupando cargos que realmente podem fazer a diferença, não ter feito nada para mudar o triste quadro enfrentado há anos pelo Maranhão?

Isso gera muita revolta. Para quê serve, então, um político?

Fico me questionando se não sou a errada: ou eu sou muito romântica com política ainda (acho que ela serve para ajudar as pessoas, fazer uma cidade crescer, melhorar a qualidade de vida de um povo, dar dignidade, uma educação satisfatória, melhorar as condições de emprego, enfim... uma série de coisas), ou eu sou muito boba ou, definitivamente, não sou deste mundo.

Prefiro me achar “romântica” em política e ainda acreditar que muita coisa pode melhorar. Afinal, o dia em que perdermos a fé, a esperança e a capacidade de acreditar nas pessoas, não deveríamos nem sair da cama. Eu penso assim!  

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O câncer do Lula


Desde o último final de semana, quando foi anunciado que o ex-presidente Lula estaria com câncer na laringe, várias correntes surgiram na internet, em especial na rede social Facebook. Correntes de apoio, de oração, dando forças ao ex-presidente logo foram postadas, mas uma em especial, também muito postada por sinal, chamou mais atenção que as demais.

Tratava-se da “campanha”: “Lula, faça o tratamento pelo SUS”. Eu decidi compartilhar porque, antes de mais nada, acho muito justa a campanha.

Conforme eu escrevi na foto antes de compartilhá-la, ninguém que postava tal campanha estava desejando mal ao Lula nem desrespeitando qualquer pessoa que passa ou que passou por um câncer. A questão vai mais além, e é só ter um pouquinho de BOM SENSO para perceber o real intuito da manifestação: a Saúde Pública, num todo, precisa de mais cuidados.

Basta analisar, quem qualquer noticiário de qualquer emissora, as matérias publicadas sobre o descaso com a Saúde. São hospitais que nunca saíram do papel (quando muito estão só no alicerce) e que já consumiram milhões em verbas, remédios importantes faltando, médicos insuficientes, descaso em consultas e atendimentos, falta de leito, falta de UTI, falta de materiais básicos para atendimento, demora de atendimento mesmo em emergência, e por aí vai.

O TCU (Tribunal de Contas da União) divulgou, ainda este ano, que a Saúde, mesmo sendo um dos setores de maior importância, é o que registra mais casos de corrupção e desvio de verbas. E isso não sou eu quem estou falando, é o TCU, órgão que controla as contas públicas.

Agora, uma pessoa como um presidente do Brasil, que tanto disse aqui e lá fora que nossa Saúde dava orgulho, que muito havia se avançado, que “nunca antes...” estava tão boa, ir direto para um hospital particular, soa, no mínimo, incongruente. Não combina com o discurso “bonito” que fez durante 8 anos de governo.

É claro que qualquer pessoa, tendo condições financeiras, buscaria o melhor tratamento de saúde caso precisasse. Mas e a grande parte da população que não tem recursos, como fica? Cai no “bom” e velho SUS e fica sujeito a toda sorte de percalços como os que citei acima.

A campanha tem a foto do Lula mas não é, em hipótese alguma, uma piada ou brincadeira de mau gosto com a dor que o ex-presidente ou seus familiares estão passando no momento. É justamente para trazer a reflexão de quê Saúde os governantes estão oferecendo à população que acreditou e que votou neles. Se nem eles mesmos acreditam na Saúde que implantaram e quando precisam correm para hospitais particulares, imaginem os pobres mortais, que sem opção melhor vão para o SUS?

Pagamos impostos como país de primeiro mundo e recebemos tratamentos de terceiro mundo. Até quando?

Até quando os governantes nos farão de palhaços?

PS: Não que eu deva dar satisfação do que eu penso ou do que eu acho certo ou errado a alguém, mas achei que seria válida uma explanação sobre o tema. E só completando: acho o fim do mundo políticos ficarem dando piti em redes sociais acusando outras pessoas de fazerem “piadas e perversidades com a doença do Lula”. Acorda, povo! Como todo mundo sabe, no Facebook há um campo destinado a publicações em que está escrito “No que você está pensando?”. É pra isso que serve aquele campo, para cada um escrever o que pensa naquele momento! Cada pessoa é livre para pensar e escrever o que quiser. Faz parte da liberdade de expressão. É a democracia, companheiros e amigos de Facebook! E que fique claro de uma vez por todas que, com isso, ninguém está desejando mal ao Lula.

E ponto final!