O dano e o sonho
Desde o dia 11 de
setembro vivo um pesadelo. Tive meu carro todo riscado por uma pessoa que
trabalha para o candidato Fernando Galvão (DEM) e posso confessar que este fato
tirou o meu sono. Muito tive que trabalhar para conquistar o primeiro carro
realmente meu. Fui à concessionária, escolhi o modelo e a cor que minhas
condições permitiam e fiz a compra. Ah, que alegria! Meu carro novinho, tirado
da concessionária no dia 23 de dezembro de 2011, véspera de Natal! E ainda
vermelho, uma cor da qual gosto muito. Fiquei realmente radiante com meu
presentão de Natal.
Ver meu carro todo
riscado, um dia depois do debate com os candidatos a prefeito promovido pela
Igreja Católica, foi um choque. Tenho amigos que trabalham em concessionárias e
em oficinas de funilaria e todos sempre me diziam que “risquinho fica mais caro
para arrumar do que batida”. Na hora pensei nisso e entrei em desespero. Afinal ,
quem teria coragem de riscar toda a lateral direta, capô e traseira de um
carro? Que tipo de pessoa teria a crueldade de riscar todinho um carro? Minha
indignação me levou até a Delegacia, onde recebi a orientação de fazer um
Boletim de Ocorrências e a procurar alguma câmera de segurança que tivesse
filmado a ação. De posse do vídeo, mal pude acreditar que a pessoa no vídeo era
um rapaz que trabalha na campanha do candidato Fernando Galvão, aquele que se
apresenta como “ético”. Sinceramente, não dá para classificar uma pessoa como
ética se ela permite que esse tipo de baixaria aconteça em sua campanha. Que ética
é essa de intimidar, de acuar, de mandar recados desse tipo? Essa é a ética que
queremos para nossa cidade? Esse é o tipo de prefeito que queremos?
Bom, de minha parte
deixo esses questionamentos para você, eleitor, fazer. Reflita, repense,
analise e saiba que, na hora do voto, é você, sua consciência e a urna. Posso
dizer que no que cabe a mim, terei um grande prejuízo. Meu carro, mesmo que o
rapaz pague a nova pintura, ficará desvalorizado no mercado quando eu for
trocá-lo. Qualquer um que conheça de pintura automotiva (vendedores
principalmente), saberão que o carro foi pintado novamente e, não importa que
eu diga que foram riscos: sempre acharão que meu carro foi inteiro batido e ele
perderá valor. Eu costumo pensar que tudo o que dá para resolver com dinheiro é
mais fácil. Difícil mesmo são as coisas que o dinheiro não compra, como os
sonhos.
Eu posso afirmar para
vocês uma coisa: o meu prejuízo será solucionado. Agora, o prejuízo do
candidato, no dia 07 próximo, esse o dinheiro não paga.