segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Feccib, barraco e muita falta de respeito

Na sexta-feira (16), fui a Feccib assistir ao show do meteoro Luan Santana. Ganhei o convite do organizador Lucas Chioda, que sempre foi muito educado, cordial e de fácil acesso (sempre me atendeu e falou comigo quando eu precisava de alguma informação para o “O Jornal”). 

Fui ao show acompanhada de uma amiga de longa data (vou publicar o texto primeiro, se ela me autorizar a divulgar o nome dela altero depois). Ela é uma pessoa incrível e temos uma excelente relação. Coisa de irmã mesmo, sabe? Transmissão de pensamento, uma sintonia única!

Tudo corria muito bem, tirei várias fotos de amigos para minha coluna social, revi pessoas que não via há tempos, cantei, dancei, curti o show. 

Até que resolvi chegar o mais perto possível do palco, e cabe dizer que cheguei apenas até onde o camarote que eu estava permitia. Tirei várias fotos do Luan! Quando olhei para baixo para ver se tinha alguém conhecido naquele outro camarote (e aqui vale ressaltar que eu sequer sabia de quem era o camarote embaixo do meu), vi o prefeito Italiano, o mandatário da cidade.

Não sou jornalista (sou Engenheira de Alimentos por formação), mas trabalho já há 3 anos no “O Jornal”. Na hora, comecei a tirar fotos dele, afinal ele é a pessoa mais importante da cidade e exerce o principal cargo.

Quando ele percebeu que eu estava tirando fotos, ele não pensou duas vezes e tirou a máquina fotográfica das minhas mãos. Não contente, ainda fez um gesto obsceno para mim levantando o dedo médio de uma das mãos. Baixaria total.

Imediatamente fui atrás da minha máquina fotográfica. Ouvi como resposta que “não, eu não peguei sua máquina!”, “não sei do que você está falando”, “deixa disso, vamos tirar uma foto com o fotógrafo da Prefeitura”. 

Não sei o que me deixou mais indignada: se era o fato dele ter pego uma coisa minha, o fato dele de alguma forma tentar cercear a liberdade de imprensa ou o fato dele ter feito um gesto que não condiz com o alto cargo que ele exerce.

A falta de respeito foi tão grande que ainda não sei o que me deixou mais perplexa. Eu apenas estava fazendo o meu trabalho, me divertindo e em um lugar que eu poderia ir (não invadi nada para tirar fotos, ganhei o convite e estava lá por direito).

Para completar o circo, ainda chegou Domingos Marcussi Júnior, amigo, ex-motorista/diretor do prefeito, “prá lá de Bagdá”, querendo saber o que eu estava falando lá. Ele começou a me dizer impropérios gesticulando muito e, percebendo que a coisa ia ficar feia, o prefeito passou minha máquina por trás dele para que o diretor jurídico da prefeitura me entregasse e dissesse que tudo não passou de um mal entendido...

O amigo motorista/diretor do prefeito, o senhor Marcussi, não contente de desferir grosserias para mim, ainda o fez com minha amiga, que não é da imprensa e estava apenas me acompanhando. Falou coisas inclusive em tom de “cantada”, fazendo-a passar por uma humilhação sem precedentes. Tudo isso até os guarda-costas do prefeito (sim, ele estava andando pela Feccib cercado por seguranças particulares) o tirou de lá, aumentando assim o tumulto. Foi horrível!

Disse ao prefeito que aquilo não era coisa a se fazer, nem tomar uma máquina fotográfica de alguém e muito menos fazer gestos obscenos. Disse a ele que ele deveria dar-se ao respeito e respeitar o cargo que ocupa, que aquela não era a postura de alguém que dirige uma cidade. Disse também que me senti humilhada, principalmente porque envolveu uma pessoa que conheço há muito tempo e que nada tem a ver com aquela situação toda. Uma grande vergonha.

Trago estes acontecimentos a vocês agora para que não fiquem dúvidas. Fui humilhada, mal-tratada e desrespeitada pelo mandatário da cidade que, acima de tudo, não se dá o devido respeito. Fiquei extremamente chateada por fazer uma amiga tão querida passar por uma situação dessas. 

Informo que tomarei as devidas providências. 

Assim que as tiver tomado, conto para vocês!    

Começo do bate-boca

Marcussi (de branco), batendo boca comigo.

Marcussi conversando com o irmão do prefeito, o vereador Paulo Bianchini

Seguranças do prefeito retirando Marcussi de perto de mim e de minha amiga (Marcussi de cabelo branco, entre os dois homens de preto)







7 comentários:

  1. Pri as fotos dizem tudo né?!
    É incrível a cara de pau, e o despreparo das pessoas que "administram" nossa cidade!
    A atitude desse indivíduo nas fotos é digna de quem está em algum boteco ou no quintal de casa, mas não diante de uma população, acompanhando o represenbtante mor, nosso "dignissimo prefeito"!!!
    Nunca me deparei com tamanha grosseria, desrespeito e imbecilidade!
    Bom, pulando essa parte...
    Adorei os elogios, nem preciso dizer q a recíproca é verdadeira!
    Bjo!!!!

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  2. Falta de respeito mesmo Pri!!!!! Tem que divulgar mesmo para que todos saibam na mão de quem está nossa Bebedouro!!!! Um absurdo!!! E como o mestre Rui Barbosa: "Reagindo contra a ilegalidade, não se incorre em delito.". Não pare de lutar minha amiga, torço muito por vc!!!! Força!!!! Grande Beijo

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  3. Absurdo, grande falta de respeito a vocês, aos cidadãos bebedourenses por terem um prefeito que Não tem a mínima idéia de como se comportar em publico, na Feccib, festa que todos esperamos tanto com ansiedade....Pura vergonha! Não sei quem deveria estar mais envergonhado: o prefeito ou a cidade por ter elegido um trem desses...

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  4. Simplesmente a mais pura falta de vergonha deste pessoal, não tem competência pra nada.
    Bandido anda com bandido, se fosse uma pessoa boa não precisaria de seguranças.
    Pri, no que vc precisar conte comigo.
    É revoltante ver estas coisas, ainda mais quando se trata de falta de respeito com mulheres.

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  5. Que tipo de Engenheira de Alimentos tira fotos para jornal? o.O

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  6. Amogos, muito obrigada pela força e pelo carinho! As palavras de vcs me deram maiss força para continuar e mostra "a verdadeira face" desse povo. Lu, Kleber, Bea e ET, podem ter certeza: não vamos parar, nunca! enquanto existir uma única esperança de ver tudo melhorar, não vamos desistir! Obrigada mais uma vez!

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  7. The Zor´s Family, deixa eu te explicar o que aconteceu comigo. Quando me formei, tive que tomar uma séria decisão: ou ia seguir carreira fora de Bebedouro (por aqui só tinha uma indústria de alimentos - a Cargill, que fechou logo depois) ou ficava e tomava conta de uma livraria que estava prestes a fazer 20 anos, a Errecê, que bancou todos os meus estudos e minha família durante todo esse período. Amo Bebedouro e toda a tranquilidade que ela me oferece, e assim foi fácil optar por ficar e tomar conta da loja, já que meus irmãos já estavam envolvidos no projeto O Jornal e alguém tinha que ficar com a loja. Bom, depois de um tempo vendemos a loja, e fui cuidar do financeiro do O Jornal (um negócio de família)e fui acumulando funções (financeiro, rh, editoria, então, "colunismo social"). Hoje faço parte do quadro societário e sou uma das proprietárias, daí o motivo de eu estar tirando fotos (colunista) e talvez, de ter tido minha máquina retirada. Bom, acho que é isso. Pode ser difícil entender, mas optei por ficcar na minha cidade e cuidar de uma "coisa" que é minha! Bjão e obrigada pelo comentário.

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