sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Afinal, para quê serve um político?


 
Hoje, 18 de novembro, é uma sexta-feira e aniversário da minha mãe, a Dona Terezinha. Como uma boa sexta-feira, é dia de tomar uma cervejinha e relaxar. E assim foi feito: cheguei no sítio e abri a primeira cerveja enquanto ligada a televisão. O Jornal  Nacional estava no ar, e eis que eu estou aqui, mais uma vez para falar de política, em plena sexta-feira. Poxa, justo eu que tinha feito um voto de, a partir de agora, postar coisas mais leves aqui no blog que, apesar de também tratar de política, estava ficando político demais... Mas eles (os políticos!), realmente não me deixam em paz nem numa sexta-feira gostosa para se tomar uma cervejinha e relaxar. Aí vou eu!

José Ribamar Ferreira Araújo da Costa (vou omitir o último sobrenome para só revelar depois, mas acho que vocês já saberão de quem eu falo). Este homem nasceu em 1930 e ingressou na política aos 24 anos. Já foi suplente de deputado federal, deputado federal, governador, senador e presidente (depois que o cabeça da chapa faleceu). Sua família também tem papel importante na política de seu estado e do país, ocupando cargos de destaque.

Bem, sem mais delongas, estou falando de um homem que este ano completou 57 anos de política, tendo ocupado, como já disse, os mais importantes cargos (não foi prefeito nem vereador, nem deputado estadual, cargos “menores”: já foi mais alto!). Este homem é o José Sarney. Dispensa apresentações.

Apesar de agora ele ter sido eleito pelo estado do Amapá, Sarney e sua família residem no estado do Maranhão, o mais pobre da população. Lá, segundo dados do IBGE, na cidade mostrada pelo JN (Vargem Grande), 33% d população vive com menos de R$ 70 por mês, faixa considerada como pobreza extrema. As condições de vida são precárias, nas quais os moradores da cidade, quando muito, possuem casas de saibro cobertas com folhas de coqueiro, assim como a escola do município.

A renda média da população é de R$ 156, e muitos deles dependem exclusivamente do Bolsa-Família. Tratamento de água e esgoto atinge menos de 50% da população, e o único hospital da região funciona com esgoto à céu aberto bem na entrada.

Como falta água, a população depende de água de poço que, segundo mostrou a reportagem, é barrenta e tem até cachorro morto.

O prefeito da cidade disse à reportagem que a cidade é pobre e não possui recursos, e que depende exclusivamente das emendas de parlamentares para sobreviver.

O governo do estado do Maranhão (lê-se Roseana Sarney, filha do dito cujo), divulgou nota dizendo que a cidade é carente de recursos porque a população é feita de jovens e crianças, ou seja, menos gente trabalhando e conseqüentemente menos dinheiro circulando. Disse também que grande parte da população vive na zona rural, que paga pouco e gera menor renda.

Bom, enquanto via essa reportagem, a única pergunta que vinha à minha cabeça era: como um estado que já teve até um presidente da república nascido lá, é capaz de passar por tantos problemas e tanta miséria? Como uma pessoa, com 57 anos de política e ocupando só os altos cargos, não conseguiu fazer NADA por seu estado natal? Como é possível, ocupando cargos que realmente podem fazer a diferença, não ter feito nada para mudar o triste quadro enfrentado há anos pelo Maranhão?

Isso gera muita revolta. Para quê serve, então, um político?

Fico me questionando se não sou a errada: ou eu sou muito romântica com política ainda (acho que ela serve para ajudar as pessoas, fazer uma cidade crescer, melhorar a qualidade de vida de um povo, dar dignidade, uma educação satisfatória, melhorar as condições de emprego, enfim... uma série de coisas), ou eu sou muito boba ou, definitivamente, não sou deste mundo.

Prefiro me achar “romântica” em política e ainda acreditar que muita coisa pode melhorar. Afinal, o dia em que perdermos a fé, a esperança e a capacidade de acreditar nas pessoas, não deveríamos nem sair da cama. Eu penso assim!  

Um comentário:

  1. Em outros países a função de um político, é melhorar o desempenho da país, proporcionar segurança e direitos de cidadania a população. Aqui no Brasil, essa função se resume apenas em roubar, roubar e roubar!
    Agora, o que esperar de um Rhibamar? Pra mim não serve nem pra limpar a bunda com ele...

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