domingo, 30 de setembro de 2012

Artigo publicado no "O Jornal" deste sábado (29).









O dano e o sonho

Desde o dia 11 de setembro vivo um pesadelo. Tive meu carro todo riscado por uma pessoa que trabalha para o candidato Fernando Galvão (DEM) e posso confessar que este fato tirou o meu sono. Muito tive que trabalhar para conquistar o primeiro carro realmente meu. Fui à concessionária, escolhi o modelo e a cor que minhas condições permitiam e fiz a compra. Ah, que alegria! Meu carro novinho, tirado da concessionária no dia 23 de dezembro de 2011, véspera de Natal! E ainda vermelho, uma cor da qual gosto muito. Fiquei realmente radiante com meu presentão de Natal.

Ver meu carro todo riscado, um dia depois do debate com os candidatos a prefeito promovido pela Igreja Católica, foi um choque. Tenho amigos que trabalham em concessionárias e em oficinas de funilaria e todos sempre me diziam que “risquinho fica mais caro para arrumar do que batida”. Na hora pensei nisso e entrei em desespero. Afinal, quem teria coragem de riscar toda a lateral direta, capô e traseira de um carro? Que tipo de pessoa teria a crueldade de riscar todinho um carro? Minha indignação me levou até a Delegacia, onde recebi a orientação de fazer um Boletim de Ocorrências e a procurar alguma câmera de segurança que tivesse filmado a ação. De posse do vídeo, mal pude acreditar que a pessoa no vídeo era um rapaz que trabalha na campanha do candidato Fernando Galvão, aquele que se apresenta como “ético”. Sinceramente, não dá para classificar uma pessoa como ética se ela permite que esse tipo de baixaria aconteça em sua campanha. Que ética é essa de intimidar, de acuar, de mandar recados desse tipo? Essa é a ética que queremos para nossa cidade? Esse é o tipo de prefeito que queremos?

Bom, de minha parte deixo esses questionamentos para você, eleitor, fazer. Reflita, repense, analise e saiba que, na hora do voto, é você, sua consciência e a urna. Posso dizer que no que cabe a mim, terei um grande prejuízo. Meu carro, mesmo que o rapaz pague a nova pintura, ficará desvalorizado no mercado quando eu for trocá-lo. Qualquer um que conheça de pintura automotiva (vendedores principalmente), saberão que o carro foi pintado novamente e, não importa que eu diga que foram riscos: sempre acharão que meu carro foi inteiro batido e ele perderá valor. Eu costumo pensar que tudo o que dá para resolver com dinheiro é mais fácil. Difícil mesmo são as coisas que o dinheiro não compra, como os sonhos.

Eu posso afirmar para vocês uma coisa: o meu prejuízo será solucionado. Agora, o prejuízo do candidato, no dia 07 próximo, esse o dinheiro não paga. 


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